Estação de piscicultura está em obras em Águas de Chapecó
Viveiros e edificações fazem parte da construção da nova estação de piscicultura que está em andamento em Águas de Chapecó, próximo à barragem Foz do Chapecó, e que compreende investimento superior a R$ 2,9 milhões. Essa unidade, voltada para o desenvolvimento da piscicultura na região, resulta de convênio firmado pela Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), através de suas mantidas Unochapecó e Instituto Goio-En, com o Ministério da Pesca e Aquicultura.
A nova estação terá 40 mil metros quadrados de área alagada, às margens do rio Uruguai. Atualmente já estão concluídos 25 viveiros experimentais, que serão destinados ao desenvolvimento de tecnologia, de um total de 70. Os outros 45 viveiros serão utilizados para a reprodução e larvicultura, com obras previstas para o período de fevereiro a abril deste ano.
Também estão em obras as edificações, num total de 1.593 metros quadrados. Foram iniciadas em outubro passado e serão finalizadas em março próximo. Essas instalações constam de laboratório de reprodução, escritório, auditório, cozinha semi-industrial e alojamento para 24 pessoas. Com relação ao laboratório, área de desova e despesca, será desenvolvido um sistema harmônico, simulando as condições do ambiente natural.
O término das obras da estação de piscicultura está previsto para junho de 2011, embora o convênio com Ministério da Pesca e Aquicultura tenha seu prazo até dezembro de 2011. Com a finalização das obras, será transferido o banco genético de peixes da bacia do rio Uruguai, atualmente na Estação de Piscicultura do Instituto Goio-En localizada no Balneário de Pratas, município de São Carlos.
Capacidade e investimentos
As duas estações fazem parte do Projeto Piraqué, que atua na preservação da diversidade das espécies de peixes nativos do rio Uruguai e incentiva o desenvolvimento da piscicultura regional. Atualmente a capacidade de produção do projeto é de 200 mil alevinos por ano, e com a conclusão da nova unidade de piscicultura próximo à barragem da Usina Foz do Chapecó chegará a um milhão de alevinos por ano, informa o diretor técnico-científico do Instituto Goio-En, o engenheiro de aquicultura Régis Canton. As espécies de peixes que o projeto envolve são as migradoras do rio Uruguai: bocudo, curimbatá, dourado, jundiá, piava, pintado amarelo, piracanjuba e surubim pintado.
Através do convênio entre a Fundeste e o Ministério da Pesca, o volume total de investimentos é de R$ 2,94 milhões. São R$ 2,30 milhões do ministério e R$ 643,3 mil de contrapartida por parte da Fundeste.
Fonte: Extra Comunicação