Instituto Goio-En atuará em projeto de Pesquisa e Desenvolvimento
Com o objetivo de desenvolver estudos que visem a preservação de peixes nativos em áreas de Usinas Hidrelétricas, o Instituto Goio-En e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul firmaram uma parceria para execução do projeto intitulado “Piracanjuba (Brycon orbignyanus), indicador para programas ambientais de empresas de energia elétrica”.
Financiado pela Energética Barra Grande S.A (BAESA), e Campos Novos Energia S.A (ENERCAN) via P&D ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), na ordem de R$ 1,2 milhões. O projeto visa utilizar a piracanjuba como indicador ambiental, por se uma espécie de peixe nativo altamente sensível às mudanças ambientais. Para isso, o projeto contará com a participação de estudantes dos cursos de Graduação, Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) da UFRGS, além de pesquisadores vinculados ao Grupo de Pesquisa AQUAM (ligado à UFRGS) e à FUNDESTE, os quais desenvolverão pesquisas e estudos na Unidade do Piraqué (Projeto de Preservação dos peixes migradores do Rio Uruguai) do Instituto Goio-En. Como parte do projeto ocorrerá a produção de alevinos da espécie, os quais serão soltos na área de influência da UHE Barra Grande e UHE Campos Novos, respectivamente rios Pelotas e Canoas.
Segundo Danilo Streit - Professor de Piscicultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um dos Coordenadores do Projeto, a intenção desta parceria é otimizar a estrutura disponibilizada pelo Instituto Goio-En para as pesquisas e produção de 20 a 200 mil alevinos no período de cinco anos. Além disso, há interesse em soltar, acompanhar, identificar e mapear geneticamente as espécies. Pelo projeto também será possível capturar exemplares encontrados na natureza para compor o banco genético e, posteriormente, serem utilizados como reprodutores no Projeto Piraqué.
Conforme Régis Canton - Diretor Técnico Científico do Instituto Goio-En “a realização do projeto permitirá o desenvolvimento de um banco de germoplasma a partir do mapeamento genético da população de reprodutores, além de estudos envolvendo temperatura na incubação dos ovos, com objetivo de avaliar a razão sexual para a espécie supracitada”.
Para iniciar as atividades é necessário aguardar a assinatura do convênio entre as institutições e a BAESA/ENERCAN o que deverá ocorrer ainda em 2012.