Instituto Goio-En e IF-SC discutem implantação de curso de aquicultura

O cenário estabelecido no Oeste catarinense após o enchimento da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, além da forte atuação de pescadores na área de influência, oferta novas possibilidades de desenvolvimento da piscicultura na região.

Sob esta ótica, em maio de 2010, foi firmada uma parceria entre Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) e ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) que resultou na liberação de R$ 1 milhão para investimentos em cursos técnicos na área da pesca, ainda em fase de implantação, nos campi do IF-SC em São Carlos, no Oeste catarinense, e também em Itajaí.

Com o objetivo de configurar o projeto para a instalação do curso de aquicultura no município de São Carlos, o IF-SC tem buscado o apoio de instituições ligadas à piscicultura na região. Dentre essas, está o Instituto Goio-En, organização de estudos, pesquisa, desenvolvimento e serviços mantida pela FUNDESTE, que possui sede em São Carlos, escritório na Unochapecó, em Chapecó, e uma nova área em construção em Águas de Chapecó.

Por desenvolver ações de incentivo a piscicultura regional, além pesquisas relacionadas aos peixes da bacia hidrográfica do Rio Uruguai - com destaque para o Projeto Piraqué, que possui a primeira e única estação de piscicultura que detém banco genético vivo de todas as espécies migratórias do Rio Uruguai - o envolvimento do Instituto Goio-En na implementação do curso de Aquicultura, visa também a disponibilização da estrutura para servir de base tecnológica para os futuros estudantes e pesquisadores.

Segundo informações, o pró-reitor de Extensão e Relações Externas do IF-SC, Marcelo Carlos da Silva, destaca que os recursos destinados a cursos em Itajaí e São Carlos são para compra de equipamentos. “Serão R$ 500 mil para cada campus. No município de São Carlos os recursos são destinados para o curso técnico em Recursos Pesqueiros com foco na área de Piscicultura, já que a região está desenvolvendo esta atividade e possui uma colônia de pescadores com cerca de 200 famílias”.