Jundiá: espécie migratória preservada pelo Instituto Goio-En
Com corpo coberto de couro e hábito alimentar onívoro (dieta à base de produtos de origem animal e vegetal), o Jundiá (Rhamdia quelen) está entre as espécies de peixes reproduzidas e preservadas pelo Instituto Goio-En.
Além de ser um peixe migrador de pequenas distâncias presente na Bacia do Rio Uruguai, também é encontrado em outras regiões do Brasil, no sudoeste do México e centro da Argentina, onde é conhecido como bagre.
Esta espécie, cuja cor varia de marrom-avermelhado claro a cinza com a parte ventral mais clara, também pode ser encontrada em outras variações como o jundiá albino. No período reprodutivo de outubro de 2010 a janeiro de 2011, ocorreu naturalmente a eclosão de jundiás albinos da Unidade do Projeto Piraqué.
Segundo Régis Canton, Diretor Técnico-Científico do Instituto Goio-En, futuramente, testes comparativos de cultivo serão realizados pelo Instituto Goio-En com os peixes produzidos, para avaliar o desempenho produtivo entre linhagens homozigotas (albinos) e heterozigotas.
Exemplares de jundiás albinos - Projeto Piraqué
Por não possuir espinhos intramusculares, ter uma carne saborosa e um crescimento acelerado, o jundiá também promete ser uma ótima opção para a piscicultura. Os exemplares da espécie alcançam normalmente cerca de 40cm de comprimento e podem pesar até 2kg.
Além dessa espécie, o Instituto Goio-En, por intermédio do Piraqué - Projeto de preservação dos peixes migradores do Rio Uruguai realiza anualmente a reprodução e ações de preservação do dourado(Salminus brasiliensis), do curimbatá (Prochilodus lineatus), do pintado amarelo (Pimelodus maculatus), do suruvi (Steindachneridion scripta), do surubim (Pseudoplatystoma corruscans) e da piracanjuba (Brycon orbignyanus).